#Progresso Científico
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poem4 · 10 days ago
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Era amor, pensava ela, fingindo mexer na sua tela, destilado e filtrado; um amor que nunca tentava apoderar-se de seu objeto; mas que, tal como o amor que têm os matemáticos por seus símbolos, ou os poetas por suas palavras, pretendia se espalhar por todo o mundo e se tornar parte do progresso da humanidade. Era isso, sim. E o mundo certamente deveria compartilhá-lo, se o sr. Bankes conseguisse dizer por que aquela mulher o agradava tanto; por que vê-la lendo um conto de fadas para seu filho tinha sobre ele precisamente o mesmo efeito que tinha a solução de um problema científico, deixando-o num estado de contemplação, pensando, como sempre ocorria quando ele apresentava uma prova irrefutável a respeito do aparelho digestivo das plantas, que a barbárie fora domesticada, o reino do caos fora dominado.
— Passeio ao Farol, Virginia Woolf (1927)
[via poem4]
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irunevenus · 4 months ago
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Espiritismo: A Religião que Une Ciência, Filosofia e Fé
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O espiritismo, uma doutrina que combina elementos religiosos, filosóficos e científicos, surgiu na França no século XIX e rapidamente se expandiu pelo mundo, tornando-se particularmente influente em países como o Brasil. Fundado por Allan Kardec, pseudônimo do pedagogo francês Hippolyte Léon Denizard Rivail, o espiritismo oferece uma visão única sobre a vida após a morte, a reencarnação e o desenvolvimento espiritual dos seres humanos.
As Origens do Espiritismo
O espiritismo nasceu em um contexto de grandes transformações intelectuais e sociais. No século XIX, o mundo estava fascinado pelos avanços científicos e pelo surgimento de novos movimentos espirituais. O espiritualismo, que se popularizou na Europa e nos Estados Unidos através das práticas mediúnicas (como a comunicação com os mortos), já ganhava notoriedade quando Allan Kardec começou suas investigações sobre fenômenos espirituais.
Kardec, que era um educador e estudioso das ciências, foi atraído por relatos de mesas girantes e outros fenômenos paranormais que estavam ocorrendo na França e em outras partes da Europa. Inicialmente cético, ele decidiu aplicar um método racional e sistemático ao estudo desses fenômenos. Foi assim que Kardec começou a compilar comunicações mediúnicas com espíritos, que seriam a base para suas principais obras e para a codificação do espiritismo.
Em 1857, Kardec publicou "O Livro dos Espíritos", a primeira e mais importante obra da doutrina espírita, composta de perguntas e respostas sobre temas como a natureza dos espíritos, a reencarnação, o mundo espiritual e as leis morais que regem o universo.
Os Fundamentos do Espiritismo
O espiritismo é construído sobre três pilares fundamentais: ciência, filosofia e religião. Esses elementos estão interligados para oferecer uma explicação abrangente sobre o propósito da vida, a evolução espiritual e as relações entre o mundo material e o espiritual.
1. A Reencarnação
Um dos princípios centrais do espiritismo é a crença na reencarnação, a ideia de que os espíritos passam por múltiplas existências em diferentes corpos, com o objetivo de progredirem moral e intelectualmente. Cada vida oferece ao espírito a oportunidade de corrigir erros passados, aprender lições e evoluir em direção à perfeição. A reencarnação também é vista como uma explicação para as desigualdades na vida terrena, já que as condições de cada encarnação são influenciadas pelas ações e escolhas do espírito em vidas anteriores.
2. A Imortalidade da Alma
Para os espíritas, a vida não termina com a morte do corpo físico. O espírito é imortal e continua sua jornada após a morte, ingressando no mundo espiritual. No espiritismo, esse mundo não é uma realidade distante e inalcançável, mas sim um plano que coexiste com o mundo material. Os espíritos dos mortos podem se comunicar com os vivos através de médiuns, transmitindo mensagens e ensinamentos que visam à evolução moral e ao esclarecimento espiritual da humanidade.
3. A Comunicação com os Espíritos
A comunicação com os espíritos, ou mediunidade, é um aspecto central da prática espírita. Kardec acreditava que a comunicação com os espíritos não era sobrenatural, mas um fenômeno natural que poderia ser estudado cientificamente. Os espíritas realizam sessões mediúnicas para receber orientações e conselhos dos espíritos desencarnados, que, em sua maioria, buscam ajudar os vivos em seu processo de crescimento espiritual. Essas comunicações, porém, devem ser cuidadosamente analisadas, uma vez que espíritos em diferentes graus de evolução podem influenciar de maneiras variadas.
4. A Lei do Progresso
O espiritismo ensina que todos os seres estão em constante progresso. Esse progresso não se dá apenas em termos materiais, mas sobretudo espirituais. O sofrimento, os desafios e as dificuldades da vida são entendidos como oportunidades de aprendizado e crescimento. Assim, o espiritismo oferece uma visão positiva da existência humana, em que o mal e a dor têm um propósito pedagógico e temporário, sendo sempre superados pelo avanço moral e intelectual do espírito.
5. A Caridade como Princípio Central
Outro pilar da doutrina espírita é a caridade, que é considerada a mais alta das virtudes. Para os espíritas, o amor ao próximo, a benevolência e o perdão são essenciais para o progresso espiritual. Kardec frequentemente enfatizava a frase "Fora da caridade, não há salvação", destacando que não é a adesão a dogmas religiosos, mas sim a prática do bem que leva ao crescimento espiritual e à harmonia com as leis divinas.
O Espiritismo no Brasil
Embora o espiritismo tenha nascido na França, foi no Brasil que ele encontrou seu maior número de adeptos e se desenvolveu de maneira mais significativa. O Brasil é hoje o país com a maior população espírita do mundo, com milhões de seguidores e milhares de centros espíritas espalhados por todo o território.
O sucesso do espiritismo no Brasil está ligado a várias figuras importantes, como Chico Xavier, um dos médiuns mais famosos e influentes do país. Ao longo de sua vida, Chico Xavier psicografou centenas de livros, muitos deles ditados por espíritos, abordando temas como vida após a morte, caridade e amor ao próximo. Seus livros venderam milhões de cópias e ajudaram a popularizar ainda mais a doutrina no país.
Outro fator importante para o crescimento do espiritismo no Brasil é a forma como ele dialoga com tradições religiosas locais, como o catolicismo e as religiões afro-brasileiras. O sincretismo religioso no Brasil facilitou a aceitação do espiritismo, que não se opõe a outras crenças, mas as complementa.
O Espiritismo Hoje
Atualmente, o espiritismo continua a ser uma doutrina que atrai milhões de seguidores ao redor do mundo, em especial na América Latina, Europa e partes da África. Ao contrário de muitas religiões dogmáticas, o espiritismo mantém uma atitude aberta em relação à ciência, encorajando o estudo contínuo dos fenômenos espirituais e a aplicação do pensamento racional ao entendimento do mundo e da existência.
O espiritismo também promove a ideia de que a evolução espiritual é uma jornada pessoal e que cada indivíduo tem a responsabilidade de trabalhar por seu próprio progresso e pela melhora da sociedade. Essa visão tem atraído pessoas que buscam respostas mais abrangentes para as questões da vida e um caminho espiritual baseado em princípios de amor, justiça e responsabilidade.
Em um mundo cada vez mais dividido por tensões sociais e religiosas, o espiritismo oferece uma perspectiva conciliadora, unindo fé, razão e compaixão. A doutrina espírita, com sua ênfase na evolução contínua do espírito e no papel central da caridade, continua a proporcionar conforto e inspiração a milhões, ao mesmo tempo em que desafia seus seguidores a buscarem o progresso moral e a prática do bem.
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sobreiromecanico · 2 months ago
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De Forbidden Planet a Poor Things
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(isto vai incluir spoilers a ambos os filmes - fica o alerta)
Consta que vai ser produzido um remake de Forbidden Planet, filme de ficção científica de 1956 realizado por Fred M. Wilcox com Leslie Nielsen, Walter Pidgeon e Anne Francis nos principais papéis. Na verdade, este projecto já passou longos anos no development hell de Hollywood; talvez seja desta, com Brian K. Vaughan ligado à produção, que chegará a algum lugar. Veremos. Não surpreende que este seja um projecto apetecível: Forbidden Planet é um dos grandes filmes clássicos de ficção científica dos anos 50, antes de 2001: A Space Odyssey ter mudado as regras do jogo quanto às possibilidades do género no grande ecrã; à distância de quase 70 anos continua a ser um filme fascinante pela sua estética futurista (hoje retrofuturista, claro), pelos incríveis cenários pintados, pelo guião derivado de A Tempestade de Shakespeare e generosamente temperado pelas teorias de Freud sobre a consciência (mais em voga nos anos 50 do que hoje, admita-se, ainda que os conceitos de id, ego e superego continuem a ser algo icónicos, mesmo que discutíveis em termos científicos). Outros filmes do seu tempo, como The Day the Earth Stood Still, já foram recuperados para o presente há alguns anos; mesmo que este projecto falhe, será sempre uma questão de tempo até Forbidden Planet ser modernizado, porventura abastardado, e apresentado ao público contemporâneo com novos visuais.
Revi Forbidden Planet há dias - tenho em blu-ray, não é filme que se apanhe no cabo ou em streaming -, pelo que o tenho bem presente. É um filme espantoso, do qual gosto imenso, ainda que o veja datado em alguns aspectos. Freud é um deles, claro, mas mais do que nas ideias do velho austríaco, é na presença da jovem personagem de Anne Francis, a bela Altaira, única mulher do elenco, que mais se nota a idade do filme.
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A trama de Forbidden Planet resume-se com alguma simplicidade: uma expedição espacial liderada pelo Comandante Adams (um jovem Leslie Nielsen ainda a muitos anos dos papéis cómicos que o viriam a popularizar) é enviada ao planeta Altair IV para descobrir o que acontecera à expedição enviada vinte anos antes, e da qual se perdera o contacto. Dessa expedição resta, passadas duas décadas, um único sobrevivente, o Professor Edward Morbius; mas para surpresa dos visitantes ele está acompanhado por um robot multiusos inteligente (o célebre Robby) e por uma jovem rapariga, Altaira, a sua filha já nascida no planeta (a mãe, esposa de Morbius e também cientista na expedição, falecera algum tempo depois). O enredo gira sobretudo à volta do estudo de Morbius aos artefactos deixados por uma civilização avançada, os Krell, que se extinguiram misteriosamente no auge do seu progresso tecnológico, e dos enigmáticos monstros que atacaram a primeira expedição, que regressam para a segunda. Altaira, porém, está no centro de uma trama secundária, mas nem por isso irrelevante.
Como é bom de ver, Altaira cresceu isolada no planeta, sem ter alguma vez visto outros seres humanos que não o seu pai - pelo que é com curiosidade e inocência que recebe os visitantes da Terra. Já alguns tripulantes da expedição, entre eles o tenente Farman e o comandante Adams, olham para aquela rapariga ingénua com uma gula indisfarçável, e procuram tirar partido da sua inexperiência em matérias afectivas. Aqui é interessante notar três aspectos. O primeiro, a sedução de que Altaira é alvo da parte de Farman e Adams (numa luta de galos resolvida primeiro pela patente militar, e depois, enfim, pelos monstros), tentando sem grande pudor aproveitar-se de alguém que, em termos emocionais e afectivos, é na prática uma criança - não tem a experiência para repelir todos os avanços, sendo apenas bem sucedida a lidar com Farman. O segundo, o ralhete que Adams lhe dá pela forma ligeira (digamos assim) como se veste e se apresenta a uma tripulação composta apenas por homens - que, como lembra Adams, estão há muito tempo embarcados, sem terem contacto com uma mulher (e é claro que o problema desse facto será... da mulher). E o terceiro, porventura mais relevante, reside na forma como Altaira nunca alcança qualquer autonomia enquanto personagem - enquanto mulher. Privada de conhecimento ou de iniciativa, transita da submissão afectiva ao seu pai para a submissão amorosa a Adams, o galã do filme. As referências morais de Altaira não são, na verdade, suas - são, sim, as dos dois homens que a educam e dominam.
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Seria decerto interessante analisar as décadas seguintes do cinema de ficção científica e perceber como os elencos, os papéis das mulheres e as personagens femininas foram evoluindo ao longo dos anos. Talvez já existam inúmeros ensaios sobre, ou mesmo várias teses académicas, sobre o tema (afinal, é um tema actual). No entanto, como não sou académico e não tenho tempo para tal análise (que de outra forma faria de bom grado!), salto logo de 1956 para 2023 com o objectivo de comparar Altaira com outra personagem feminina da ficção científica contemporânea, muito parecida e ao mesmo tempo radicalmente distinta: a Bella Baxter de Emma Stone em Poor Things.
(Na verdade, isto é também um pretexto para escrever sobre Poor Things, algo que ando a adiar desde Janeiro nem sei bem porquê)
Comecemos pelas semelhanças. Ambas são filhas (se não em termos biológicos, pelo menos em termos afectivos) de cientistas brilhantes e solitários, que as mantém isoladas da sociedade, desprovidas de contacto com outras pessoas - e, sobretudo, do contacto com outros homens -, num, estado de infantilidade permanente. No caso de Bella, esse isolamento é revelado de forma engenhosa por Yorgos Lanthimos, quando filma a primeira parte do filme a preto e branco, por vezes numa perspectiva distorcida de "olho de peixe", focada intimamente em Bella, sem deixar ver muito mais para além dos limites reduzidos da mansão onde vive, e da mente de criança de que dispõe.
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O seu crescimento e amadurecimento é acompanhado por uma abertura progressiva do plano de câmara, e pela transição para cores garridas, com Lanthimos sublinhando os vários momentos da história com mestria técnica. Mas as semelhanças entre Altaira e Bella cedo terminam: se a primeira permanece submissa, a segunda vai aprender por si, com os seus actos, os seus sucessos, os seus erros, a fazer parte da sociedade, a relacionar-se com outras pessoas - com outros homens -, e a descobrir-se a si mesma, em termos emocionais e sexuais (sendo o sexo um elemento fundamental de Poor Things, que contrasta com a quase castidade de Forbidden Planet).
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Talvez a comparação seja algo injusta, e não só por cada filme ser fruto do seu tempo (uma velha desculpa). Afinal, Poor Things, indo beber directamente a Frankenstein por via do livro de Alasdair Gray, é o filme de Bella Baxter - da sua origem, do seu crescimento, do seu desabrochar conseguido nos seus próprios termos, enquanto pessoa e enquanto mulher. Já Forbidden Planet é um filme sobre outros temas e outras personagens que não Altaira, ali reduzida a um elemento secundário ainda que tenha alguma relevância para o arco narrativo principal. Isto é verdade, mas não é toda a verdade - Poor Things também trata outros temas, entre eles a húbris dos homens, de vários homens, e das normas morais que tentam impor em benefício próprio; ou de como é inevitável a criação tornar-se independente do seu criador (mais uma vez, Frankenstein). Mas sejam quais forem os propósitos e os temas de ambas as histórias, não deixa de ser interessante notar quão diferentes Altaira e Bella, de origens idênticas, acabam por se revelar; e o que isso pode dizer tanto das mulheres nos filmes de ficção científica, como fora deles, no dia-a-dia dos anos 50 ou do século XXI. Em 1956, Altaira pouco mais é do que arm candy, um mero acessório para dois (três, se incluirmos Morbius) disputarem, e para o galã conquistar; em 2023, Bella termina o filme como uma personagem completa, emancipada, livre. Quando no final decide ficar com Max, fá-lo de livre vontade, sem qualquer condicionamento, ou desconhecendo uma vida alternativa - ela conhece as alternativas, e escolhe-o a ele (e Max, o único homem do filme que sempre a viu Bella como a pessoa autónoma que ela era, fica com ela não apesar do seu percurso, mas por causa desse percurso que a tornou inteira). É uma diferença assinalável, abissal até.
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Talvez um remake de Forbidden Planet traga também Altaira para o nosso tempo, e a torne numa personagem independente, interessante, única. Talvez seja ela a última sobrevivente do planeta, moldado à sua imaginação pela maquinaria dos Krell? (quem sabe se a actriz que interpretar o papel não ganhará um Óscar por ele, como Emma Stone ganhou). Aliás, talvez na tripulação de Adams já figurem algumas mulheres, relevantes pelas funções que exercem na nave e não por serem adereços dos galãs de antanho. Dito de outra forma: talvez um novo Forbidden Planet consiga ser também um pouco de Poor Things.
Por menos do que isso, diga-se de passagem, também não valerá a pena a empreitada.
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elcitigre2021 · 1 year ago
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Hipófise e Espiritualidade
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A hipófise ou corpo pituitário é constituída de massa ovóide, situada na sela túrcica entre os dois seios cavernosos. Mede um centímetro e meio no sentido transversal, cinco a sete centímetros de frente para trás e de alto a baixo. Consta de dois lobos de origem diferente: um anterior e outro posterior. Possui, ainda, uma parte intermediária.
O lobo anterior da pituitária é a glândula mestra do sistema endócrino. Pelo menos, onze tipos de efeitos histológicos têm sido identificados com esta parte da glândula. Seis destes, uma vez que possam ser produzidos relativamente livres de outros efeitos, são constituídos pelos hormônios: do crescimento, tireotrópico, adrenocorticotrópico, gonadotrópico e prolactina ou hormônio lactogênico. Os efeitos restantes dos extratos do lobo anterior, para os quais ainda não foram conseguidos hormônios separados, são: cetogênico, glicotrópico ou antagônico da insulina, diabetogênico, paratireoidotrópico e pancreatotrópico.
Vemos, assim, como é imensa a importância do lobo anterior da hipófise na proporção em que seus hormônios estão associados com as demais glândulas de secreção interna.
Os hormônios do lobo posterior são em menor quantidade e de funções mais específicas. São constituídos pela pitrecina e pela pitocina. Ambas, além de outros efeitos, elevam a pressão arterial, são antidiuréticas e ocitócicas.
Fizemos um rápido esboço da hipófise, também chamada glândula pituitária ou corpo pituitário, sob o aspecto científico. Entretanto, chegou-nos às mãos um pequeno livro editado pela Fraternidade Rosacruz de Oceanside, Califórnia. É a própria Fraternidade Rosacruz de Max Heindel. Sob o modesto pseudônimo de “um estudante”, é encarada a hipófise sob o ponto de vista espiritual. Assim sendo, o que se segue é citação do mencionado livro.
O corpo pituitário corresponde ao Mundo do Espírito de Vida. Encontra-se sob o controle de Urano. A nota-chave deste grande espírito planetário expressa-se no plano físico como: originalidade, universalidade, amor pela liberdade, compaixão, ingenuidade, independência, reforma, progresso, invenção, ação rápida, intuição, clarividência, misticismo e altruísmo.
Na sua polaridade negativa, encontramos estas expressões manifestando-se como: excentricidade, irresponsabilidade, ação espasmódica, turbulência, perversão, impaciência e anarquia.
A nota-chave pura, celestial, do Espírito planetário de Urano eleva-se sobre o de Vênus e, no devido tempo, desperta a nova correspondente no corpo pituitário. Então, a sexta rosa na cruz do corpo vital desdobra as suas pétalas douradas e floresce. Esta elevada vibração da hipófise conduz a consciência do indivíduo ao reino da vida espiritual, onde todos os filhos de DEUS, eventualmente, se tornam em unidade com Ele. Os indivíduos podem, então, perceber a força vital de DEUS que penetra toda a criação, unindo cada um com o todo. Este é o reino do puro altruísmo.
O corpo pituitário é um dos elos da cadeia espiritual que une o homem com o grande Espírito de Cristo que, habitualmente, funciona no Seu veículo de Espírito de Vida. Coração, corpo pituitário, éter superior, Urano, alma intelectual e vida espiritual são usados pelo indivíduo no desenvolvimento do Cristo interior que é a sua própria vida espiritual. A hipófise é o assento primário da vida espiritual, sendo o coração o seu assento secundário. Por assento, quer-se exprimir o meio pelo qual o indivíduo trabalha no desenvolvimento das potencialidades latentes da sua vida espiritual, que representam o pólo feminino do seu ser - o imaginativo, o educacional, a energia maternal protetora do seu Espírito. A cor da vida espiritual é o amarelo; a cor de Urano é o amarelo; a cor do éter superior é o amarelo; e quando o corpo pituitário está despertado, ele brilha com luz amarela.
O corpo pituitário está intimamente relacionado com o caminho que conduz à Iniciação.
Pode-se, assim, entender claramente que o despertar do corpo pituitário para a ação é a realização mais importante a ser atingida nos poderes feminino e de amor - sabedoria do Espírito.
Conhecendo a anatomia e a fisiologia da hipófise, meditando sobre as suas potencialidade psíquicas, chegaremos à nova compreensão da vida, pelo despertar de forças latentes que nos tornarão melhores e mais eficientes, mais poderosos e mais capacitados para amar e bem servir. Fonte
youtube
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claudiosuenaga · 2 years ago
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Não se deixe enganar: David Grusch é mais um desinformante do Governo. Quantas vezes não já ouvimos essas alegações antes?
Por Cláudio Suenaga
O ex-oficial de Inteligência David Grusch foi apresentado à comunidade ufológica e ao entorpecido mundo em geral no último dia 5 de junho pelo site The Debrief, que é definido pelos seus fundadores Micah Hanks, Tim McMilan e MJ Banias como "um site de notícias que oferece um local público para reportagens confiáveis ​​sobre ciência, tecnologia e notícias de defesa, com foco na ciência e tecnologia de ponta de amanhã." A crença fundamental que proclamam é a de que "o mundo de amanhã é construído sobre o progresso e a imaginação de hoje."
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Imediatamente, como é de praxe, grande parte da comunidade ufológica, incluindo os seus membros mais proeminentes e toda a mídia mainstream, recebeu as alegações com entusiasmo e asreplicou com exagero, destacando as credenciais desse membro da comunidade de inteligência envolvido com um programa secreto do governo para recuperar espaçonaves alienígenas acidentadas, em uma semelhança sinistra com campanhas recentes anteriores de desinformação bem documentadas do governo para promover e reforçar a crença no público de que estamos sendo invadidos por "inteligências alienígenas potencialmente hostis e perigosas". 
O premiado jornalista investigativo e escritor Ross Coulthart, autor de In Plain Sight: A fascinating investigation into UFOs and alien encounters from an award-winning journalist (New York, HarperCollins, 2021), entrevistou David Grusch na NewsNation, uma rede de televisão por assinatura americana de propriedade do Nexstar Media Group, que publicou ainda em seu site uma matéria bombástica no domingo, 11 de junho, assinada pelos jornalistas Andy Gipson, Miguel Sancho, Zoë Lake, Dana Leavitt e o próprio Ross Coulthart.
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David Grusch em entrevista ao premiado jornalista investigativo Ross Coulthart nos estúdios da NewsNation.
Figuras de proa da mídia e auto assumidos entusiastas de OVNIs, como Matt Walsh, comentarista político apresentador do podcast The Matt Walsh Show e colunista do The Daily Wire, e Tucker Carlson, apresentador de televisão, comentador e analista político, conhecido por ter apresentado o Tucker Carlson Tonight entre 2016 e 2023, prontamente legitimaram Grusch. Logo, o republicano Tim Burchett, membro da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, estava dizendo que o denunciante era "muito crível". O jornalista britânico Nick Pope, em entrevista ao The Guardian em 6 e 8 de junho, disse que, durante seu tempo no início dos anos 1990 investigando OVNIs para o Ministério da Defesa do Reino Unido, uma atribuição que ele jamais comprovou, "não viu nenhuma evidência concreta de artefatos ou materiais não humanos", mas esperava que as "muito significativas" alegações de Grusch conduzissem as investigações de OVNIs a uma conclusão. Tom Rogan, escrevendo no Washington Examinerem 12 de junho, estava cético em relação à extensão das alegações de Grusch, mas disse que elas deveriam ser mais investigadas e que, embora ele "não tenha sido capaz de confirmar", ele acredita que "o governo dos EUA está em posse de materiais relacionados a OVNIs de design exótico".  
Isso é o que a mídia mainstream mais faz. Se antigamente a regra do bom jornalismo era ser sempre do contra para favorecer a apuração da verdade, hoje é dar destaque ao que já vem pronto de fontes oficiais e agências noticiosas e a tudo que esteja enquadrado nos consensos político-científicos estabelecidos, bem como na cartilha politicamente correta da Agenda 2030. A mídia, assim como a maior parte das pessoas hoje, não acredita que alguém possa sinceramente ter posições destoantes sem ser ativamente maligno. Isso ocorre porque estamos usando óculos humanos que geralmente são quase impossíveis de tirar. A pura estranheza aqui não é de origem alienígena. É uma estranheza humana. Somos muito mais estranhos que os alienígenas.
O primeiro argumento daqueles que defendem "denunciantes" como Grusch, é que há evidências abundantes de encontros alienígenas que remontam há décadas. E, de fato, há evidências abundantes: evidências abundantes de que algumas pessoas dizem ter visto luzes assustadoras e criaturas assustadoras, da mesma forma que algumas pessoas disseram ter visto elfos, fadas, deuses, demônios e monstros ao longo da história. Na era científico-tecnológica em que vivemos, só o que soa razoavelmente verossímil e lógico para a imensa maioria é a figura do extraterrestre.
O Debrief, dizem seus fundadores e mantenedores, é um órgão independente, "autofinanciado" por eles mesmos quando de seu lançamento, em plena pandemia, no final de 2020, dedicado "a explorar e relatar os desenvolvimentos em ciência, defesa e inteligência, tecnologia de ponta e conhecimento que existe na periferia da compreensão humana". Embora centrado em questões de ciência, tecnologia e defesa, ou por isso mesmo, "Quando justificado, acreditamos também que fenômenos da natureza que abordam áreas onde os paradigmas científicos atualmente não se estendem também devem ser examinados e discutidos com integridade e rigor jornalístico."
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Tal premissa, que deveria ser basilar, mas que por não ser a diferencia um tanto, se conspurca, no entanto, com outras tantas clichês e de cunho politicamente correto que a alinham com quase todos os demais órgãos da mídia mainstream, todos assumidamente a serviço da mesma agenda e comprometidos com os ideias de bilionários do Vale do Silício como Elon Musk, a quem citam e tomam como parâmetro. Destarte, o ato de "questionar" deles só vai até certo ponto e para nas fronteiras dos territórios que entendem como "não dignos" de serem explorados, bem como nos "consensos" que as grandes corporações políticas, científicas e empresarias estabeleceram e que não podem ser de nenhuma forma contestados, sob pena de banimento e cancelamento.
O Debriefentra no coro alarmista e apocalíptico da Agenda 2030 da ONU e chancela e ratifica engodos como o do aquecimento global e da Covid, bem como dá carta branca aos "senhores do mundo", os bilionários do Vale do Silício, para que nos salvem com sua tecnologia "milagrosa" da iminente catástrofe, senão vejamos:
"Entre elas estão as ameaças que incluem o potencial de eventos de extinção em massa resultantes do impacto de um asteroide ou alguma catástrofe semelhante. A mudança climática também é uma preocupação bem reconhecida entre os cientistas; e, como aprendemos em 2020, as preocupações com o surgimento de uma nova cepa de vírus, resultando em uma pandemia global, nunca mais podem ser ignoradas. O progresso tecnológico, quando realizado de forma ética e na promoção dos valores humanos, bem como com respeito e preocupação com toda a vida na Terra e nosso meio ambiente, pode trazer a promessa de mitigar tais ameaças."
Temos, portanto, motivos mais do que suficientes para questionar os que se dizem questionadores. Por que estão se valendo de todo seu aparato, prestígio e credibilidade para inculcar e reforçar na mente do público a crença e a certeza de que o governo há muito possui as provas da presença extraterrestre sem antes ao menos questionar por que o governo justamente de uns anos para cá e agora mais do que nunca, resolveu dar aval a um fenômeno antes marginal e liberar documentos e informações confidenciais e permitir e até encorajar a livre atuação de denunciantes? Por muito menos, Edward Snowden acabou caçado pelas agências de Inteligência e teve de buscar asilo, e Julian Assange acabou preso e hoje se encontra sob custódia da Polícia. Por que só Grusch desfruta do privilégio de dar entrevistas tranquilas à TV?
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O fato é que esses insiders ou whistleblowers, sem apresentarem, como sempre, qualquer prova, respaldados apenas por seus altos cargos e postos, nos brindam com revelações as mais fantásticas, a confirmar muitas daquelas suspeitas construídas ao longo das décadas em cima do mito de Roswell, como se estivessem investidos em cumprir determinadas diretivas "patrióticas", enquanto se fingem de rebeldes, idealistas e iconoclastas para maior efeito de convencimento.
Jornalistas tão gabaritados, assumidamente capazes de examinar o papel da tecnologia que vai da convencional à disruptiva, como se arvoram, não podem ser tão ingênuos a ponto de deixar passar batido tais implicâncias. Das duas uma: ou as desconhecem mesmo, e neste caso são ineptos, ou fingem desconhecer, e neste caso são desonestos e estão a serviço daqueles que deveriam estar questionando, e que são justamente o que estão mudando o nosso modo de vida e moldado, para muito pior, o nosso futuro.
Ademais, todas as alegações que o Debrief alardeia como grandes novidades nada têm de novo. Quantas vezes já não ouvimos tudo isso antes? Que o governo americano resgatou naves, que fez engenharia reversa nelas, que conserva metamateriais, etc.  É o remake do remake, o déjà vu, requentando com novos termos e linguajar pretensamente sofisticados, politicamente corretos e afetadamente acadêmicos. Centenas de vezes antes já ouvimos alegados infiltrados e denunciantes tão ou mais gabaritados com alegações tanto quanto ou até mais extraordinárias. Mas como dizia Carl Sagan, "Alegações extraordinárias exigem provas extraordinárias". Será que desta vez, pelo menos, mostraram alguma prova? Não, como sempre, nenhuma. Bastaria que apresentassem apenas uma e não seria necessário tanto palavreado.
O Debrief diz aspirar "estudar descobertas que contornam o limite do desconhecido e desenvolvimentos que podem, com sorte e perseverança, ajudar a nos preparar para os desafios que o mundo de amanhã trará". Se seu comprometimento com os que estão por trás da sinistra agenda de controle total é tão profundo como essas "reportagens" parecem indicar, o desafio maior será fazer com que o mundo tenha um amanhã.
DE COMO O FENÔMENO OVNI VEM SENDO USADO NO GRANDE ENGODO DA FALSA INVASÃO EXTRATERRESTRE
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Pela característica intrínseca em camuflar seus segredos sob densas camadas de desinformações, lendas, engodos e mentiras, o Fenômeno OVNI tem servido como um dos mais eficientes instrumentos de poder e de controle social por parte das esferas mais altas e reservadas das agências de inteligência, sociedades secretas e fundações milionárias que nas últimas décadas cresceram até alcançarem dimensões exponenciais e adquirirem uma ascendência maior do que em qualquer outra época da história.
Foi o que vimos mais uma vez no início deste ano com a onda de "abatimentos de OVNIs" anunciados pelos governos dos EUA e do Canadá, que ao mesmo tempo em que acusaram a China de invadirem o seu "inexpugnável" espaço aéreo com simplórios "balões de espionagem", procuraram sugerir que não só estavam caçando autênticas naves espaciais de outros planetas, como possuíam uma tecnologia assaz capaz de derrubá-las…
E é o que estamos vendo agora com as "bombásticas" revelações feitas pelo The Debrief de que o governo dos EUA de fato detém metamateriais em seu poder, avalizadas por altos membros de órgãos militares e de inteligência.
Se a mídia mainstream em geral e até o Vaticano seguem na mesma toada, não significa que está havendo uma "abertura" ou uma "aceitação" do assunto OVNI por parte deles, mas antes uma complacência pelo comprometimento mútuo com a nefanda agenda da Elite oculta.
E se por complacência ou ignorância que vai até as raias da obstinação, os ufólogos consideram que o poder se circunscreve apenas àquelas partes mais visíveis dos setores governamentais e dos interesses políticos mais imediatos e patentes em seus choques sucessivos, antagonismos e equilíbrios temporários, e assim saúdam como um avanço a "abertura" e o "reconhecimento" oficial quanto ao assunto, é porque desconhecem que os altos poderes só liberam as informações que consideram mais apropriadas para gerar precisamente aqueles efeitos que desejam, ou seja, para fazer as pessoas acreditarem exatamente naquilo que eles querem que acreditem.
Portanto, não pode haver algo mais ingênuo, tolo e pueril do que confiar nas versões e atitudes oficiais das altas esferas, mesmas que estas pareçam favoráveis à primeira vista. Destarte, deixo aqui um apelo a todos os colegas ufólogos, lembrando que também sou um, para ficarem atentos e não permitirem que sejam usados como "inocentes úteis" no Projeto Grande Engodo que já está fase avançada de implementação.
O público e os ufólogos, como sempre, infelizmente, vem engolindo tudo bovinamente, aceitando placidamente o aumento das despesas militares e por conseguinte do poderio dos órgãos de Inteligência e do Estado para nos proteger contra uma iminente falsa invasão alienígena, totalmente alheios que estão ao fato simples e óbvio de que os governos só divulgam o que querem e da forma que querem para atingir determinados intentos de sua Agenda. A degradação da inteligência, o decréscimo no QI e a estupidificação geral das massas que a mídia mainstream, a indústria cultural e o sistema educacional vêm promovendo há tempos, tem tudo a ver com isso.
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Combata o Futuro 3 - A Falsa Invasão Extraterrestre ou O Maior Engodo de Todos os Tempos
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rcpturepromo · 2 years ago
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eu AMEI a temática! pode dar um spoilerzinho mod???
Claro! Como comentaram da época, pensei em dar um spoiler sobre a parte de modernidades. E você terá a oportunidade de fazer um char inventor e genial, se quiser!
Ciência e tecnologia: Ryan acredita que a conquista científica na superfície é sobrecarregada pela “moralidade mesquinha”, portanto, garantiu que os habitantes de Rapture pudessem explorar caminhos de pesquisas que, de outra forma, seriam considerados controversos, antiéticos ou perigosos. De fato, o progresso científico na cidade acelerou a um ritmo espantoso, estimulado pelas mentes brilhantes que Ryan havia reunido e pela total falta de regulamentação que as impedia. No entanto, ninguém previu que a inovação desenfreada poderia se tornar uma faca de dois gumes.
Avanços científicos foram feitos em quase todos os campos. Avanços na ciência da computação e na robótica trouxeram criações sem precedentes, bem como várias séries de máquinas menores projetadas para tudo, desde tarefas domésticas até sistemas de segurança automatizados. No campo da biologia, os desenvolvimentos chegaram até a restauração da vida, tanto nas plantas (o Vetor de Lázaro, que faz com que árvores e flores possam ser plantadas no fundo do mar), quanto nos humanos (como a Vita-Chamber, que restaura ferimentos). Há também alguns avanços tecnológicos em itens criados anos antes de estarem disponíveis comercialmente na superfície, como dispositivos portáteis de gravação de áudio, portas automáticas e segurança biométrica vocal.
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cyprianscafe · 12 days ago
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A "Persistência Judaica" e o Desafio às Teorias Evolucionistas Racistas
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O “tipo racial” do judeu retratado em The Standard Natural History (1885), editado por John Sterling Kingsley
Havia um problema intelectual no discurso sobre a evolução, colocado pela presença de judeus supostamente "supersticiosos" no avanço da ciência racional, na verdade a própria persistência do antigo judaísmo na civilização industrial moderna. O progresso e a mobilidade dos judeus, na verdade a referência recorrente a um "gênio" científico judeu atribuído; desafiava a consistência da doutrina racial evolucionária (Efron 1995; Gilman 1996). De acordo com Sander Gilman, "A ansiedade sobre o significado da inteligência superior judaica assombra o cenário americano no início do século" (Gilman 1996, 80). Joseph Jacobs (1854-1916), um estudioso judeu conhecido por seus estudos folclóricos difusionistas, apresentou resultados de um estudo social elaborado desafiando as previsões evolucionárias de atraso cultural. Em obras como "The Comparative Distribution of Jewish Ability" (1891) que construíram um caso para a alegação de que os judeus eram "civilizados; expressado finalmente em Jewish Contributions to Civilization (1919), ele descobriu que os judeus demonstraram uma taxa maior de capacidade intelectual do que a doutrina evolucionista previa. Em sua frase orgulhosa, '''É uma gente pequena, mas fez grandes coisas" (Gilman 1996, 71).
Jacobs entendeu o registro judaico de conquistas historicamente em sua experiência urbana, confiança no multilinguismo, ênfase na educação das crianças e tradição de resistência ao preconceito. Ele enfureceu os evolucionistas com seu floreio retórico de encerramento na forma de uma explicação zombeteira. Ele virou a suposição evolucionária da progressão natural da civilização judaica para a cristã de cabeça para baixo. Ele explicou a persistência judaica por uma seleção natural onde os membros mais fracos da raça incapazes de suportar a perseguição abraçaram o cristianismo. Ele escreveu ousadamente: "A razão judaica nunca esteve em grilhões, e finalmente os membros mais fracos de cada geração foram eliminados pela perseguição que os tentou ou forçou a abraçar o cristianismo, e assim os judeus contemporâneos são a sobrevivência de um longo processo de seleção não natural que aparentemente os preparou de forma excelente para a luta pela existência intelectual" (Jacobs 1891, Iv). Quer Jacobs estivesse falando sério ou não, Franz Boas enfaticamente recuou tanto do caso do gênio judeu quanto do da superioridade cristã por causa de suas bases biológicas problemáticas. Em The Mind of Primitive Man (1911), ele descartou uma relação entre realização cultural e capacidade mental em geral como uma falácia produzida pela tipologia racial (Gilman 1996, 79-80). Essa relação tinha sido usada de forma prejudicial em tratados evolucionários para julgar a aptidão para liderança social de estados-nação. Era especialmente um problema na América, ele observou, porque fornecia um impedimento ideológico à democracia, o tipo de democracia representativa que permitia a participação cultural e política de grupos plurais na sociedade (Boas 1945).
Apresentando um caso para a tipologia racial na evolução cultural, John Sterling Kingsley em The Standard Natural History insistiu nos judeus como uma raça em um "baixo estágio de cultura" caracterizado pela ignorância, fanatismo e superstição (Kingsley 1885, 472). No entanto, se uma classificação racial evolucionária baseada na superioridade cristã inglesa categorizou os judeus em um degrau cultural primitivo, Kingsley teve que explicar a fama de cientistas, intelectuais e líderes judeus altamente considerados, como o primeiro-ministro inglês Benjamin Disraeli, que era de herança judaica. ''Um judeu, é verdade", Kingsley admitiu, "pode ​​ascender para ser o primeiro-ministro do império britânico, mas esta é a exceção observada; aqui houve contato com outras pessoas. Para ver o judeu em toda a sua pureza e a degradação que o acompanha, devemos visitar aqueles lugares, como o sul da Rússia, onde eles formam comunidades inteiras" (Kingsley 1885, 472).
Como uma "raça" degradada e uma religião antiga funcionando com sucesso na sociedade urbano-industrial, os judeus forneceram um quebra-cabeça de civilização para os evolucionistas resolverem. Em "Present-Day Survivals of Ancient Jewish Customs", publicado no Journal of American Folklore, um escritor resumiu a desconcertante "dupla face" dos judeus desta forma: "Por quase três mil anos eles foram arremessados ​​de uma ponta da terra para a outra; e ainda assim, apesar da degradação e indignidade… eles viveram adaptando-se ao seu ambiente, embora também tenham sempre persistido em reter sua individualidade apesar da mudança" (Yoffie 1916, 413). A autora ressaltou que os judeus eram "de fato um 'povo peculiar'" Minimizando o desafio dos judeus à teoria evolucionista, ela os isolou como uma exceção inexplicável ao chamá-los de "um milagre da história" (Yoffie 1916, 413).
Seja exemplo ou exceção, a experiência judaica testou as obras doutrinárias de Spencer, Frazer, Gomme e Lang por causa de sua confiança de que o cristianismo esclarecido substituiu o judaísmo supersticioso tão seguramente quanto a civilização sucedeu à barbárie. No pensamento evolucionista, a religião era supostamente mais racional do que a superstição em sua abordagem para explicar fenômenos naturais. Nessa visão, um sistema melhor "naturalmente" sucedeu um primitivo. Pode-se então conceber que a crença judaica permaneceu como sobrevivência, e os judeus, supostamente contra o "progresso:" aceitariam a "nova aliança" e se converteriam. Mas esse cenário não se materializou da teoria para a prática. Respondendo à preocupação de Edward Clodd com a "exceção" dos judeus de três mil anos ou "raça hebraica" às suposições evolucionárias, Edwin Sidney Hartland admitiu que "a ciência ainda não resolveu todas as questões relacionadas à história dos mitos e costumes hebreus" mas previu que "as pesquisas na civilização hebraica não serão em um dia distante alinhadas com aquelas em outros departamentos da Ciência do Homem" (Hartland [1899]1968, 249).
Andrew Lang compensou uma aparente falta de consistência na evolução da religião sugerindo que as origens do cristianismo não estavam no judaísmo, mas sim derivadas da Babilônia e dos costumes persas. Ele argumentou que essas práticas constituíam sobrevivências selvagens no cristianismo (Lang 1901, 76-81; veja também Clodd 1885, 131-36). Embora cético em relação aos fatos históricos de Lang, Joseph Jacobs escolheu intencionalmente a palavra "conversão" para descrever as declarações de Lang sobre difusão (Dorson 1968, 502; veja também Maidment 1975). Refletindo a experiência judaica de diasporização, a visão de Jacobs sobre o folclore era que ele se espalhava a partir de movimentos sociais e poderia ser criado em situações contemporâneas (Fine 1987a). Resistindo aos estereótipos raciais, Jacobs caracterizou o "folk" não como primitivos, mas como segmentos sociais de sociedades, "de muitas cabeças… e frequentemente de muitas mentes" (Jacobs 1893, 234). Em vez de uma hierarquia de folk e moderno, Jacobs declarou o conceito relativista, "nós somos o Folk assim como o rústico, embora sua tradição possa ser diferente da nossa, assim como a nossa será diferente daquela daqueles que nos seguem" (Jacobs 1893, 237).
Mas perguntando: "Os judeus são uma raça?" Karl Kautsky reiterou a centralidade da raça para o evolucionismo cultural ao tentar mostrar que os judeus em sociedades europeias avançadas naturalmente buscam o progresso, explicando assim seu envolvimento na ciência, mas os laços do judaísmo com o antigo passado supersticioso acabaram trabalhando contra a evolução e impediram os judeus de avançarem culturalmente. Franz Boas, ao defender a relatividade cultural, referiu-se muito menos do que se esperaria à situação judaica, embora ele frequentemente desse o exemplo dos negros anlericanos, cujo status de grupo perseguido ele relacionou ao dos judeus do Leste Europeu (Herskovits 1953, 110-14; Glick 1982). Sua forte voz se opondo às ideias de Kautsky e Bandalier pode ser ouvida em discursos como "Raça e Progresso", publicados em 1931. Boas manteve sua barragem na ênfase do evolucionismo no determinismo biológico, ao insistir em uma virada em direção às explicações culturais. "Evidências etnológicas", ele disse, "são todas a favor da suposição de que a hereditariedade os traços raciais não são importantes em comparação com as condições culturais" (Boas 1940, 13).
Following tradition: folklore in the discourse of American culture - Simon J Bronner
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jaimendonsa · 15 days ago
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Overcoming the Fear of Death: A Spiritist Analysis
A comparative analysis of views on life after death, contrasting materialistic and nihilistic perspectives with the spiritist view. It explores concepts such as the immortality of the soul, reincarnation, divine justice, heaven and hell (understood as states of the soul, not physical places), spiritual wandering, the action of superior and inferior spirits, and the importance of moral progress for eternal happiness. The work criticizes traditional interpretations of religions, emphasizing the need for a rational faith compatible with scientific knowledge. Finally, it uses practical examples to illustrate the concepts addressed. In "ALLAN KARDEC'S VISION OF HEAVEN AND HELL", Anton Kabaroski explores the immortality of the soul and the concepts of Heaven and Hell according to Allan Kardec's spiritist doctrine. The book unravels the mysteries of life after death, answering questions about the continuity of life and the nature of the soul. With accessible language, the work offers a comforting vision of the transition to a new state of existence after death, where the soul continues its evolutionary journey.
Superando o medo da morte: uma análise espírita
Uma análise comparativa das visões sobre a vida após a morte, contrastando perspectivas materialistas e niilistas com a visão espírita. Ele explora conceitos como a imortalidade da alma, a reencarnação, a justiça divina, o céu e o inferno (entendidos como estados da alma, e não lugares físicos), a errância espiritual, a ação de espíritos superiores e inferiores, e a importância do progresso moral para a felicidade eterna. A obra critica interpretações tradicionais de religiões, enfatizando a necessidade de uma fé racional e compatível com o conhecimento científico. Finalmente, utiliza exemplos práticos para ilustrar os conceitos abordados. Em "A VISÃO DE ALLAN KARDEC SOBRE O CÉU E O INFERNO", Anton Kabaroski explora a imortalidade da alma e os conceitos de Céu e Inferno segundo a doutrina espírita de Allan Kardec. O livro desvenda os mistérios da vida após a morte, respondendo a questões sobre a continuidade da vida e a natureza da alma. Com linguagem acessível, a obra oferece uma visão consoladora sobre a transição para um novo estado de existência após a morte, onde a alma continua sua jornada evolutiva.
eBook Kindle: LA VISIONE DI ALLAN KARDEC DEL CIELO E DELL'INFERNO (Italian Edition)  https://amzn.to/4gKIQSj
ALLAN KARDECS VISION VON HIMMEL UND HÖLLE (German Edition)  https://amzn.to/3DNT5Xq
LA VISIÓN DEL CIELO Y DEL INFIERNO DE ALLAN KARDEC (Spanish Edition)   https://amzn.to/4adthQr
LA VISION DU CIEL ET DE L'ENFER D'ALLAN KARDEC (French Edition)  https://amzn.to/3We0ky3
ALLAN KARDEC'S VISION OF HEAVEN AND HELL (English Edition) https://amzn.to/3Prn21T
A VISÃO DE ALLAN KARDEC SOBRE O CÉU E O INFERNO (Portuguese Edition)  https://amzn.to/3W9PrgQ
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eduolivacultural · 16 days ago
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DIÁLOGOS: Mitologia Grega (em breve !) com Edu e Luccia
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Relações com Religiões, Cultura e Influências na Civilização Ocidental
"A mitologia é o código genético da civilização; sua interpretação nos revela as raízes de nossos valores, medos e aspirações." – Joseph Campbell
A mitologia grega é uma das mais importantes e influentes na história da humanidade. Seus mitos, deuses, heróis e narrativas transcenderam o contexto histórico da Grécia Antiga, moldando aspectos religiosos, culturais e sociais em diversas civilizações subsequentes.
Estes Diálogos buscam explorar as relações entre a mitologia grega e outras religiões, as influências culturais que sofreu e exerceu, além de investigar suas conexões com a sociedade contemporânea.
Abaixo alguns assuntos a serem discutidos no DIÁLOGOS:
1. A Estrutura da Mitologia Grega
1.1. Os Doze Deuses do Olimpo
Zeus, Hera, Poseidon, Atena e outros deuses como personificações de forças naturais e valores humanos.
Comparação com divindades de outras culturas, como os deuses egípcios e nórdicos.
1.2. Mitos e Heróis
O papel narrativo de heróis como Hércules, Perseu e Aquiles.
Mitologia como meio de transmissão de valores morais e culturais.
Deuses Gregos
Aspectos Representados
Similaridades em Outras Culturas
Zeus
Céu, trovão, liderança
Odin (nórdico), Amon-Rá (egípcio)
Atena
Sabedoria, estratégia
Sarasvati (hindu), Minerva (romano)
2. Mitologia Grega e Religiões Comparadas
2.1. Similaridades Estruturais
Politeísmo grego e sua semelhança com religiões do Oriente Médio e da Ásia.
A interpretação cristã da mitologia como alegorias para o pecado e a salvação.
2.2. Diferenças Filosóficas
Deuses gregos com comportamentos humanos versus divindades transcendentais em religiões monoteístas.
A presença de mitos de criação similares, mas com propósitos distintos.
3. Influências da Mitologia Grega na Cultura Ocidental
3.1. Literatura e Filosofia
A Odisséia e a Ilíada como bases literárias.
Influências na filosofia, especialmente em Platão e Aristóteles.
3.2. Artes Visuais
Representações mitológicas na escultura, pintura e teatro.
A transição de mitos na Renascença e no Neoclassicismo.
3.3. Relações com a Cultura Contemporânea
Uso da mitologia em cinema, videogames e literatura moderna.
Representação em narrativas heroicas atuais como “super-heróis”.
4. Mitologia Grega: Influências e Influenciados
4.1. Impactos na Civilização Romana
Adaptação romana de deuses e mitos gregos (Zeus = Júpiter, Hércules = Héracles).
4.2. Reflexos na Idade Média e Renascença
A mitologia na formação de tradições artísticas e científicas.
4.3. Influência na Religião e Filosofia Contemporânea
Comparações com o simbolismo e arquétipos de Jung.
A mitologia grega permanece um alicerce essencial na compreensão da história cultural e religiosa da humanidade. Suas narrativas transcendem o tempo, influenciando expressões artísticas, filosóficas e teológicas. Ao examinar as conexões entre a mitologia grega e outras tradições culturais, somos convidados a entender o impacto duradouro de suas histórias e a universalidade de suas lições.
Os mitos gregos continuam a inspirar a sociedade contemporânea de várias maneiras:
Na Cultura Pop
Filmes como Fúria de Titãs e séries como Percy Jackson e os Olimpianos adaptam os mitos para o entretenimento moderno.
Videogames como God of War reimaginam as narrativas gregas em universos interativos.
Na Psicanálise
O uso dos mitos por Freud e Jung para explicar aspectos da psique humana, como no Complexo de Édipo e nos arquétipos do inconsciente coletivo.
No Marketing e Design
O uso de símbolos mitológicos em logotipos (ex.: Nike, associada à deusa da vitória) e campanhas publicitárias que evocam força e sabedoria.
Na Política e Filosofia
Referências ao mito de Prometeu em discursos sobre progresso científico e ética.
Análise do mito de Sísifo como metáfora para o trabalho humano na filosofia existencialista de Camus.
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internexumbr · 16 days ago
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A importância dos semicondutores na era da computação avançada
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Com foco no recente lançamento do chip Snapdragon X pela Qualcomm vamos analisar as características técnicas do chip, incluindo sua CPU Oryon, unidade de processamento neural, e compatibilidade com tecnologias de conectividade avançadas. Além disso, discutiremos o papel crucial dos semicondutores no desenvolvimento de dispositivos eletrônicos modernos e acessíveis.
Os semicondutores são a espinha dorsal da tecnologia moderna, possibilitando o funcionamento de uma vasta gama de dispositivos eletrônicos. Recentemente, a Qualcomm apresentou o chip Snapdragon X, projetado para notebooks e desktops mais acessíveis, prometendo "vários dias" de duração da bateria e desempenho robusto. Vamos examinar as especificações do Snapdragon X e a importância dos semicondutores no avanço da computação.
A pesquisa foi conduzida através de uma revisão de literatura, incluindo artigos científicos e relatórios técnicos sobre semicondutores e suas aplicações. Foram analisados estudos sobre a evolução dos semicondutores, como o trabalho de Singh (2023) que explora as propriedades fundamentais e aplicações dos materiais semicondutores[1], e o estudo de Lamsal et al. (2023) que discute os desafios globais enfrentados pela indústria de semicondutores[2].
O Snapdragon X é equipado com a CPU Oryon, que inclui oito núcleos de até 3 GHz, proporcionando um desempenho robusto para tarefas computacionais intensivas. Além disso, o chip possui uma unidade de processamento neural dedicada para acelerar tarefas de inteligência artificial (IA), aumentando a eficiência e a capacidade de processamento de dados. Outros recursos incluem compatibilidade com Bluetooth 5.4 e Wi-Fi 7, e a capacidade de gerenciar até três monitores 4K externos a 60 Hz[3].
A introdução do Snapdragon X pela Qualcomm destaca a importância dos semicondutores na criação de dispositivos eletrônicos acessíveis e de alto desempenho. Os semicondutores são fundamentais para o desenvolvimento de CPUs avançadas, unidades de processamento neural e tecnologias de conectividade, que são essenciais para a computação moderna. Estudos mostram que a inovação contínua em semicondutores é crucial para atender à crescente demanda por dispositivos eletrônicos eficientes e acessíveis[1][2].
Os semicondutores desempenham um papel vital na era da computação avançada, possibilitando o desenvolvimento de dispositivos eletrônicos modernos e acessíveis. O lançamento do Snapdragon X pela Qualcomm exemplifica como a inovação em semicondutores pode levar a avanços significativos em desempenho e eficiência energética. Futuras pesquisas devem focar na melhoria contínua dos materiais e processos de fabricação de semicondutores para sustentar o progresso tecnológico.
References
[1] The Power of Semiconductor Materials Paving the Way for Technological ...
[2] Navigating Global Challenges: The Crucial Role of Semiconductors in ...
[3] Semiconductors and the Semiconductor Industry - CRS Reports
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orsassur5 · 17 days ago
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Obesidade leva a disparada de diabetes no mundo em três décadas
A obesidade tem se tornado uma das maiores crises de saúde pública do século XXI, desencadeando uma epidemia de diabetes tipo 2 em escala global. Em apenas três décadas, os casos de diabetes mais que triplicaram, passando de 150 milhões em 1995 para 537 milhões em 2021, segundo a Federação Internacional de Diabetes (IDF). Especialistas apontam que o principal fator por trás desse aumento alarmante é o crescimento contínuo das taxas de obesidade, impulsionado por mudanças no estilo de vida, alimentação inadequada e sedentarismo.
O elo entre obesidade e diabetes
Estudos científicos comprovam que o excesso de peso está diretamente relacionado ao risco de desenvolver diabetes tipo 2. A gordura abdominal, em particular, é um dos fatores críticos, pois interfere no funcionamento da insulina, hormônio responsável por regular os níveis de açúcar no sangue. Esse quadro de resistência à insulina torna inevitável o desenvolvimento da doença em indivíduos obesos que não adotam intervenções precoces.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta que, entre 1975 e 2020, o número de pessoas obesas quase quadruplicou. O problema, antes restrito a países de alta renda, hoje atinge nações em desenvolvimento, onde políticas públicas de combate à obesidade ainda são frágeis.
Impactos na saúde e na economia
A explosão dos casos de diabetes gera efeitos devastadores, tanto na qualidade de vida dos pacientes quanto nos sistemas de saúde. O diabetes está associado a complicações graves, como doenças cardiovasculares, insuficiência renal, cegueira e amputações. O custo do tratamento e das complicações relacionadas à doença impõe um pesado fardo econômico aos governos. De acordo com a IDF, em 2021, os gastos globais com diabetes ultrapassaram US$ 966 bilhões, um aumento de 316% em relação ao ano 2000.
Soluções e desafios
Especialistas afirmam que a chave para conter a epidemia de diabetes está em políticas de prevenção eficazes, com foco na promoção de hábitos saudáveis. Países como o Reino Unido e a Dinamarca já demonstraram que campanhas públicas voltadas à reeducação alimentar e à prática de atividades físicas podem desacelerar o avanço da obesidade e, consequentemente, do diabetes.
No entanto, em muitos lugares, a indústria alimentícia e a falta de regulamentação adequada são obstáculos ao progresso. Alimentos ultraprocessados e ricos em açúcares continuam amplamente acessíveis e consumidos em excesso, agravando o problema.
Conclusão
A relação entre obesidade e diabetes se tornou uma ameaça global que requer ações imediatas e integradas. Sem mudanças profundas no comportamento da sociedade e nas políticas de saúde, estima-se que o número de pessoas com diabetes possa ultrapassar 700 milhões até 2045. Combater essa epidemia exige não apenas conscientização, mas também vontade política para regular a indústria alimentícia e investir na promoção de um estilo de vida saudável.
Em um mundo onde a obesidade se expande a passos largos, conter a escalada do diabetes é um dos maiores desafios da saúde pública moderna.
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luantavares · 22 days ago
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“A ideia de que hipóteses e teorias surjam a partir da observação dos fatos ou da experimentação não é verdadeira. Que fatos? Que experiências? A seleção de determinados fatos ou a realização de determinadas experiências indicam que, na verdade, as hipóteses e as teorias a investigar já existem. Em outras palavras, as experiências são feitas ou os fatos são observados em razão de alguma hipótese teórica previamente formulada. Enquanto essas hipóteses se confirmam, as teorias que as produziram continuam válidas; quando elas não se confirmam, as teorias são abandonadas. Surgem então novas teorias que geram novas hipóteses, provocando a realização de novos experimentos e a observação de novos fatos.” (Alberto Gaspar)
A citação de Alberto Gaspar aborda a relação entre teoria, hipótese e observação no processo científico, argumentando que a ciência não se inicia de maneira completamente neutra ou desprovida de pressupostos. Segundo ele, não é verdade que hipóteses ou teorias surjam diretamente a partir da observação "pura" dos fatos ou da experimentação.
O ponto central da ideia é que, na prática científica, já existe uma estrutura teórica prévia que orienta a escolha do que observar ou investigar. Isso significa que:
1. Seleção de fatos e experiências: Os cientistas não observam todos os fatos possíveis ou realizam qualquer experimento de forma aleatória. A escolha do que será analisado depende de questões ou hipóteses que já foram formuladas com base em teorias existentes.
2. Validação das teorias: Experimentos e observações são realizados para confirmar ou refutar essas hipóteses. Enquanto as hipóteses se mostram consistentes com os resultados observados, a teoria que as originou continua válida.
3. Mudança e progresso científico: Quando as hipóteses não são confirmadas, as teorias subjacentes podem ser abandonadas ou modificadas, levando ao surgimento de novas teorias. Essas novas teorias, por sua vez, formulam novas hipóteses que guiam novos experimentos e observações.
Portanto, o processo científico é dinâmico e contínuo, movendo-se em um ciclo de teorias que orientam a observação e a experimentação, e cujos resultados, por sua vez, podem reformular ou substituir as próprias teorias. Gaspar enfatiza, assim, que o trabalho científico é guiado por um diálogo constante entre teoria e prática, e não por uma observação passiva e desprovida de contexto teórico.
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kaubypescador · 1 month ago
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Ambição Climática: Um Chamado para Agir Já em Direção a 2030
A crise climática é uma das maiores ameaças enfrentadas pela humanidade no século XXI. Para que possamos garantir um futuro habitável e sustentável, é essencial intensificar a ambição climática, com a adoção de medidas concretas que priorizem a mitigação das emissões de gases de efeito estufa (GEE). Este artigo explora as metas que devemos perseguir até 2030 e os passos necessários para alcançá-las, incluindo soluções tecnológicas, políticas e culturais.
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Por que aumentar a ambição climática?
Até 2024, já vemos sinais preocupantes: temperaturas recordes, eventos climáticos extremos mais frequentes e intensos, e ecossistemas inteiros ameaçados. Estudos científicos sugerem que, para limitar o aquecimento global a 1,5°C, é necessário reduzir as emissões globais de GEE em pelo menos 45% até 2030 em relação aos níveis de 2010.
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Metas principais para 2024-2030
Transição energética:
Aumentar a participação de fontes renováveis na matriz energética global para pelo menos 60% até 2030.
Desativar progressivamente usinas de carvão e combustíveis fósseis, com foco em eficiência energética.
Descarbonização da indústria e transporte:
Implementar tecnologias de captura e armazenamento de carbono (CCS).
Eletrificar 50% da frota global de veículos até 2030.
Reflorestamento e proteção de ecossistemas:
Restaurar 350 milhões de hectares de florestas degradadas globalmente.
Proteger ao menos 30% dos oceanos e terras até 2030.
Educação e engajamento social:
Criar programas de educação climática para 80% das escolas globais.
Incentivar estilos de vida sustentáveis, incluindo mudanças no consumo alimentar e desperdício.
Cenário Projetado: Evolução das Emissões de GEE
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Fonte: IPCC, relatório especial 2024.
Progresso e Resultados Esperados
Energia renovável: Investimentos em solar e eólica podem evitar mais de 5 GtCO2e de emissões anuais.
Transporte: A adoção de veículos elétricos pode reduzir até 1,5 GtCO2e por ano.
Natureza: Projetos de reflorestamento podem capturar até 3 GtCO2e anualmente até 2030.
Mudanças Necessárias para um Futuro Sustentável
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Financiamento Climático: Países desenvolvidos precisam cumprir os compromissos de financiamento para apoiar nações em desenvolvimento.
Inovação Tecnológica: Promover pesquisa em soluções de baixo carbono, como hidrogênio verde e baterias avançadas.
Colaboração Global: Acordos multilaterais devem ser fortalecidos, como o Acordo de Paris e o COP30.
Conclusão
A ambição climática não é apenas uma necessidade; é uma obrigação moral para as futuras gerações. Cada escolha feita hoje impacta diretamente o mundo que deixaremos até 2030. Juntos, governos, empresas e indivíduos podem traçar um caminho em direção a um planeta mais justo e saudável.
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#AmbiçãoClimática #MudançaClimática #Sustentabilidade2030
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sobreiromecanico · 1 year ago
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The Telling na constelação de Ursula K. Le Guin
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Em retrospectiva, o Hainish Cycle de Ursula K. Le Guin é uma construção narrativa espantosa.
É possível que o elemento mais impressionante deste universo secundário é a sua falta de intencionalidade. Apesar de as séries de livros serem bastante populares na literatura de fantasia e de ficção científica - a autora de Earthsea sabia-o bem -, Le Guin não quis ir por aí. Foi contando histórias ao longo dos anos, em conto, novela e romance, e foi unindo esses relatos de forma quase distraída, colocando-os num mesmo universo de origens difusas, sem um fio condutor evidente, unido mais por uma certa coerência tonal e temática do que por alguma noção de sequência narrativa. O resultado será talvez uma space opera sem space e sem opera, pois pouca ou nenhuma acção decorre no espaço, e ainda que haja alguns momentos épicos, Le Guin é exímia a contar as suas histórias numa escala e com uma perspectiva profundamente humanas.
The Telling, publicado em 2000, foi o último texto publicado do Hainish Cycle (inaugurado em 1966 com Rocannon's World. E, para todos os efeitos, não foge à regra, é uma história típica deste universo ficcional de Le Guin: tem como protagonista uma enviada externa num planeta com o qual o Ekumen pretende estabelecer contactos culturais e diplomáticos, observando para esse efeito a sociedade e os seus costumes. Aqui, a observadora é Sutty Dass, originária da Terra, e o planeta para o qual foi enviada é Aka, com uma sociedade monocultural na qual o estado-corporação aboliu o passado (alusão à ideia de Orwell - quem controla o passado controla o futuro?) e as culturas tradicionais em prol do progresso científico e tecnológico programado/programático.
Encontramos Sutty na capital controlada de forma absoluta pela máquina de propaganda e de controlo do estado-corporação, e acompanhamo-la numa viagem até uma vila rural remota, onde encontra vestígios do "Telling" - a antiga "religião" (em sentido muitíssimo lato) de Aka, e uma narrativa oral e escrita em constante construção e reconstrução por quem a conta. Le Guin apresenta-nos as ideias que explora e os conceitos que desenvolve quase que através de um puzzle narrativo: Sutty vai conhecendo os habitantes da vila, e vai desvendando um e outro mistério daquela tradição - a escrita antiga, a meditação, as narrativas de oralidade. E vai observando como a população vai preservando o seu passado de forma tranquila, escapando ardilosamente às malhas da vigilância personificada na figura do Monitor, o mais próximo que The Telling terá de um vilão.
The Telling é um livro relativamente curto, mas suas 264 páginas (na minha edição) permitem um sem-número de leituras. Podemos lê-lo como uma história sobre contar histórias. Podemos seguir Sutty como uma aventura, enquanto se reconcilia com a sua própria perda e encontra um propósito para levar a sua missão a bom porto. Podemos ainda encontrar nas páginas deste livro uma alegoria à Revolução Cultural Chinesa. Ou podemos contrastar a história ficcional de Aka com o futuro que Le Guin imagina para a Terra (um futuro alternativo que, vinte e quanto volvidos da sua publicação, vai parecendo cada vez menos improvável) para contrastar as oscilações entre conservadorismo e progressividade que ambas as sociedades conheceram. Na verdade, The Telling é um pouco disto tudo, e até um pouco mais, e é delicioso notar como a Ursula K. Le Guin de 2000 não perdeu a subtileza e o engenho de quarenta anos antes, quando escreveu The Left Hand of Darkness ou sobretudo (para o caso em apreço) The Dispossessed: a Le Guin não interessa tomar partido, fazer a apologia do que quer que seja, assumir posições morais devidamente enquadradas e delimitadas; interessa-lhe, sim, observar. Dar a conhecer aquele mundo que constrói, e, com ele, um pouco no nosso. Suscitar mais questões do que respostas. E fá-lo, como fez em The Dispossessed, com uma elegância e uma humanidade que lhe são muito próprias.
Tinha esta belíssima edição de capa dura de The Telling há anos na estante, ainda por ler - nem sei bem porquê, já reli várias vezes outros livros de Le Guin. Valeu bem a pena: é um belíssimo livro, que acrescenta mais um ponto de vista fascinante ao seu universo de ficção científica. Não sei se quando o escreveu Le Guin já sabia que seria a última história que iria contar no seu universo de ficção científica, mas de qualquer forma não será o final da série - o Hainish Cycle, afinal, não é uma série. É uma ideia, talvez uma constelação de ideias, um conjunto de estrelas remotas que só quando observadas de um certo ângulo e a determinada distância sugerem uma imagem, ou várias. E The Telling tem um brilho muito próprio nesta constelação.
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elcitigre2021 · 2 years ago
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CONOCE A BARANSKY, OTRO TESLA QUE LA ÉLITE BORRÓ DE LA HISTORIA
Transcrição do vídeo:
CONHEÇA BARANSKY, OUTRO TESLA QUE A ELITE APAGOU DA HISTÓRIA
Certamente você conhece nikola tesla e o história de suas grandes descobertas mas você não sabe quem era esse homem e sua importância para o desenvolvimento de humanidade um gênio a par de Tesla ou Einstein que no entanto foi silenciado pelas grandes potências, porque suas descobertas sobre energia livre e limpa, e descoberta sobre melhores e formas eficientes de transporte e comunicação prejudicada e ainda fazer a grande indústria do petróleo e de combustíveis fósseis. Esse homem era o doutor Leo Jay baranski um gênio e cientista que eles literalmente apagaram da história, um homem que conheceu e trabalhou com Einstein um cientista desconfortável que a história esqueceu e que agora vamos reviver e dar-lhe o seu devido lugar. Acredite em mim é muito provável que você não saiba quase nada sobre este homem e o que vamos dizer a ele hoje aqui nesse vídeo, não vai te deixar indiferente. A indústria do petróleo e rockefeller são provavelmente do piores coisas que aconteceram com a humanidade. Embora certamente muitos em o público vai me dizer que eu estou errado e começar a listar o progresso nas cotações que tivemos como uma civilização graças ao petróleo. No entanto, no passado havia científicos como Nikola Tesla cujo conclusões e investigações podem verificar que tecnologia de catapulta e avanço nossa espécie atinge níveis muito elevados sem a precisa usar petróleo como principal modo de combustível, mas o Rockefeller teve e ainda tem a mão superior para muitos décadas, eles foram os magnatas do petróleo, cujo poder foi capaz de decidir, O que seria feito agora? investigar na ciência que eles financiou uma ciência que apoiou os avanços que dependiam de petróleo, mas que rejeita o que eles fizeram para nós prescindir do chamado ouro negro, aqueles inventores e cientistas que não irá aderir à referida política, foram comprados ou suas patentes eran adquiridas apenas para mantê-los em segredo e nunca espalhá-los. Esse é o caso do Doutor Leo Jay Baranski chamado o outro Nikola Tesla que lamentavelmente o experimento foi apagado da história, com as frequências de ressonância quartzo, e tecnologia baseada em energia fundamental da matéria. Suas descobertas poderiam ter permitido a difusão no mercado de uma energia barata e limpa para toda a humanidade, prolongar a vida das pessoas e  até mesmo melhorar o transporte para níveis que ainda hoje parecem futuristas. Baranski trabalhou para a norte-americana aviação Inc o precursor da empresa Aeronáutica Boeing O Doctor Leo. Eu estava tentando criar um dispositivo de micro-ondas alimentado por ATP, ou seja, o adenosina trifosfato um nucleótido fundamental na obtenção de energia célula cujo propósito era liberar a energia vital do corpo humano através das frequências ressonantes são ditas que durante seus estudos intermináveis ​​e experiências com animais, o médico Dr Baranski conseguiu descobrir que dependendo da finalidade para a qual foi utilizado a tecnologia tinha a capacidade de vida dupla.  O próprio Branski disse que até poderia usar para criar um suprimento de energia capaz de competir com a energia nuclear, descobriu que a energia dos micro-ondas podem ser transmitidas a longas distâncias, tão longas que eles teriam até a capacidade de alcançar para a lua, infelizmente, todos e cada trabalho promissor,  teorias e pesquisas do Doutor Leo Baranski, bem como sua profunda pesquisas em física teórica e  a teoria do campo unificado foi realizada em conjunto com o engenheiro e financeiro jogar tudo branco e com o mesmo doutor Albert Einstein prácticamente foi perdido para sempre, na verdade posso dizer que foram praticamente apagadas de todo registro como se nunca tivesse existido, e qualquer um tem o direito de duvidar antes dessa declaração pendente de provas, que mostra o que estamos dizendo em nesse vídeo, é a Clara mostra, sobre o extermínio em massa do da obra e trabalho de Balanski, é de fato de que o médico nem tem entrada ou referência em artigos cientistas, na verdade só é mencionado brevemente na parte inferior da página, artigo dedicado a seu colega Lancellotte, apesar do fato de que as investigações bansky em 1963 foram suficientemente impressionante, o suficiente para gerar um importante artigo  na imprensa associada, intitulado um cientista testará uma arma do próprio raio que foi postado também na revista Newswick em 4 de Março de 1963. E não é bem assim, realmente simples. Estamos falando de um grande tragédia para o desenvolvimento da nossa espécie E é que as credenciais do doutor baranski são muito extensos, não foi qualquer inventor, era professor empsicologia na universidade luterana da Califórnia, completou um Ph.D. em Princeton e trabalhou como cientista na aviação norte-americana, mas por assim dizer isso não foi suficiente para Dr.baranski também funcionou no programa espacial masculino e colaborou com nada menos que com a NASA a força aérea, e a Marinha dos Estados Unidos ajudando a projetar uma série de aeronaves, foguete x15 e Bombas RS70, e nave de projeto Apolo também trabalhou em suas pesquisas com Albert Einstein, e passou um tempo pesquisando com ele no instituto Max planck, e igualmente com outros cientistas que exploraram o campo de frequências ressonantes, como foram Nikola Tesla e Royal Raymon. Conduza as implicações da pesquisa do Dr. Balanski. Eles provavelmente foram consideradas inconveniência pelos poderes constituídos, infelizmente Dr Baranski teve uma morte extremamente suspeito, e no início de 1971, aos 45 anos, adoeceu Sexta-feira do mês de agosto, entrou no hospital e morreu de leucemia aguda, em segunda-feira seguinte pouco antes este doutor baranski tinha  trabalhado em uma série de três livros sobre a teoria do campo unificado, teoria que até hoje permanece sem ser resolvido, e que se o fizermos daria uma visão sobre o universo e a própria existência, sem precedentes, alguns pesquisadores que tentaram reconstruir os trabalhos dele destruídos, do equilíbrio sugerem que em contra sua vontade suas descobertas estavam destinadas a construir armas para o complexo industrial militar, que poderia ter resultado determinante em sua suspeito morte prematura, e é que o médico Dr baranski projetado desenvolvido e construído geradores de ondas quadrada, tocando as frequências ressonância gerada pela coroa solar 5 milhões de anos atrás, acredita-se que essas frequências interagiram com as bacias vulcânicas da terra continham pirofosfatos e outros produtos, produtos químicos e agiu como um catalisador que causou o desenvolvimento do nucleotídeo ATP trifosfato de adenosina que produz 50% da energia livre, e isso é essencial na formação da vida, mesma energia livre que repetimos Essa foi a decisão, logo se tornou evidente que essa tecnologia seria usada com propósitos puramente destrutivos e Dr Baranski não queria que eles fossem usados ​​dessa maneira. Então, quando ele se recusou a continuar cooperando e depois disso ele teve uma descida horrível. Hoje nos lembramos disso neste vídeo, sabemos o que fizeram com ele, e sabemos porque os donos do mundo escondem e não querem energia livre, não lhes convém desde então nós não precisaríamos mais do seu maldito petóleo, este homem e todos as suas genialidade e talento infelizmente foram eliminados para sempre, somando assim a uma longa lista de cientistas que desapareceram em circunstâncias suspeitos cujo único crime foi querer Que a humanidade alcance seu verdadeiro potencial como espécie.
Parad Edward Betanco.
Mensão ao Dr. Baranski
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espelhodaarte · 2 months ago
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O Surrealismo e René Magritte: Contexto Histórico e Artístico
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O surrealismo foi um movimento artístico e literário que emergiu no início do século XX, após os horrores da Primeira Guerra Mundial (1914-1918). Fundado oficialmente em 1924, com o lançamento do Manifesto Surrealista de André Breton, o movimento buscava explorar as profundezas do inconsciente humano, desafiando as convenções da lógica e da razão que haviam dominado a cultura ocidental desde o Iluminismo. Sob influências da psicanálise de Sigmund Freud e da crítica ao racionalismo exacerbado, os surrealistas almejavam libertar a mente de limitações impostas pela moralidade e pela lógica, dando vazão a uma criatividade instintiva e onírica.
Contexto Histórico do Surrealismo
O período entre guerras foi marcado por profundas mudanças sociais, econômicas e culturais. A Primeira Guerra Mundial abalou a fé no progresso científico e na racionalidade, já que o avanço tecnológico foi amplamente utilizado para a destruição em massa. Em meio a essa atmosfera de desilusão, artistas e escritores começaram a explorar novas formas de expressão que pudessem transcender as barreiras da realidade objetiva.
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A psicanálise de Freud foi fundamental para os fundamentos teóricos do surrealismo. Freud sugeriu que os sonhos eram manifestações do inconsciente, repletos de símbolos e desejos reprimidos. Inspirados por essa ideia, os surrealistas usaram técnicas como a escrita automática, a exploração de sonhos e o uso de símbolos desconexos para criar obras que pareciam estar entre a vigília e o sono.
Em termos artísticos, o surrealismo foi uma evolução de movimentos anteriores, como o dadaísmo, que já desafiava as normas tradicionais da arte e da sociedade. No entanto, enquanto o dadaísmo era mais voltado para a negação e a ironia, o surrealismo buscava uma reconexão profunda com os aspectos psicológicos e espirituais da experiência humana.
René Magritte e o Surrealismo
René Magritte (1898-1967) foi um dos principais expoentes do surrealismo. Nascido na Bélgica, Magritte começou sua carreira artística explorando estilos como o impressionismo e o cubismo, mas foi ao entrar em contato com as ideias surrealistas que encontrou sua verdadeira voz criativa. Diferentemente de outros surrealistas, como Salvador Dalí, cujo trabalho frequentemente era marcado por composições intensamente emotivas e viscerais, Magritte adotou uma abordagem mais sutil e enigmática.
Magritte é amplamente reconhecido por sua habilidade em fundir o cotidiano com o extraordinário, criando cenas que, à primeira vista, pareciam familiares, mas que, ao serem analisadas, revelavam-se profundamente perturbadoras. Seu estilo era marcado pelo uso de figuras e objetos cotidianos colocados em contextos inesperados, gerando um senso de estranhamento e mistério. Ele frequentemente desafiava as convenções perceptivas, forçando o espectador a questionar a natureza da realidade e a relação entre palavras, imagens e significado.
Principais Temas e Características da Obra de Magritte
A Subversão do Cotidiano
Magritte tinha uma habilidade singular para transformar objetos banais em elementos carregados de significado. Em obras como Os Amantes (1928), onde dois personagens estão com os rostos cobertos por um pano enquanto se beijam, ele explora temas como o desejo e a impossibilidade de comunicação plena.
Esse tipo de subversão é evidente também em O Filho do Homem (1964), onde um homem com um terno está parcialmente encoberto por uma maçã verde flutuante. A imagem provoca um misto de curiosidade e desconforto, desafiando o espectador a buscar sentido naquilo que é aparentemente inexplicável.
A Relação Entre Palavra e Imagem
Magritte explorou intensamente a relação entre linguagem e representação, questionando os limites do significado. Uma de suas obras mais icônicas nesse sentido é A Traição das Imagens (1929), que apresenta a imagem de um cachimbo acompanhada da frase "Ceci n'est pas un pipe" ("Isto não é um cachimbo"). Com isso, ele enfatiza a ideia de que a imagem de um objeto não é o próprio objeto, mas uma representação dele, convidando o público a refletir sobre a relação entre símbolo e realidade.
O Mistério do Espaço e do Tempo
Outra característica marcante nas obras de Magritte é sua manipulação do espaço e do tempo. Em pinturas como A Casa da Noite (1927), ele cria cenários que desafiam a lógica, apresentando transições entre dia e noite em uma única composição. Essa justaposição de elementos contraditórios intensifica o caráter onírico de suas obras e provoca uma reflexão sobre a percepção humana do mundo.
Impacto Artístico e Legado
René Magritte teve um impacto duradouro no mundo da arte. Sua abordagem ao surrealismo, com um foco mais filosófico e conceitual, influenciou não apenas artistas contemporâneos, mas também movimentos posteriores, como a arte conceitual e a pop art. Andy Warhol, por exemplo, foi profundamente inspirado pela repetição e pela transformação de objetos comuns nas obras de Magritte.
Além disso, sua obra continua a ser relevante no mundo moderno, ressoando em áreas como o design gráfico, a publicidade e o cinema. Filmes como O Fabuloso Destino de Amélie Poulain (2001) e Inception (2010) demonstram a influência estética e temática do surrealismo de Magritte, com suas narrativas que exploram o limiar entre o real e o imaginário.
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Em resumo, o surrealismo de René Magritte é um convite constante ao questionamento. Sua obra, marcada por enigmas visuais e filosóficos, desafia os limites da percepção e da interpretação, explorando as fronteiras entre o consciente e o inconsciente, o real e o imaginário. No contexto histórico do surrealismo, ele se destacou como uma figura única, cuja abordagem à arte era ao mesmo tempo acessível e profundamente complexa.
Ao olhar para as criações de Magritte, somos instigados a reconsiderar nossa relação com a realidade e a linguagem, bem como a apreciar o poder da arte em transcender os limites do racional. Sua capacidade de transformar o banal em algo extraordinário assegura seu lugar como um dos artistas mais importantes e influentes do século XX.
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